Berlim é uma cidade do futuro que guarda profundas marcas do passado
É impressionante caminhar por suas ruas e admirar a beleza da arquitetura antiga convivendo com construções altamente modernas.

Abaixo, podemos admirar a magnífica Catedral de Berlim, além da imponência do prédio do Parlamento Alemão, em contraste com a arquitetura de vanguarda das gigantescas torres de vidro da Potsdamer Platz, localizada no coração financeiro da cidade.




É também surpreendente perceber que uma cidade completamente castigada pelos acontecimentos do passado conseguiu se reconstruir e se reerguer de uma história sofrida relativamente recente.

Apesar da crise que atualmente assombra toda a Europa, sinais de prosperidade se fazem presentes por todos os lados: nos prédios, nos centros comerciais, nos carros, nos transportes e nas roupas. A cidade é um canteiro de obras. Ainda há muitos terrenos vazios antes ocupados pelo muro e que agora dão lugar a inúmeros arranha-céus.

Mas, nem tudo são flores: apesar de estar voltada para o futuro e de direcionar esforços para reunificar uma cidade que por mais de vinte anos foi dividida por um muro (e, principalmente, por diferentes ideologias), várias lembranças de um passado triste persistem.
O Memorial aos Judeus Mortos na Europa, que é uma praça onde se encontram quase 3 mil blocos de concreto que lembram um cemitério, é um dos exemplos de que o povo alemão não pretende “varrer sua história para baixo do tapete”. Ao caminhar pelo labirinto formado pelos blocos cinzentos de diversas alturas, a sensação é de confinamento e solidão, que nos remete ao horror vivido pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. No subsolo, há um museu que revela histórias pessoais de algumas das vítimas, como cartas enviadas de dentro dos campos de concentração e fotos de famílias que foram dizimadas pelo preconceito e irracionalidade dos que estavam no poder.

Alguns trechos do “muro da vergonha” também foram mantidos em determinados pontos da cidade. Na foto abaixo, vê-se uma parte do muro próxima ao local onde existia o quartel-general do nazismo (escritório central da Gestapo e da SS). Lá, há uma mostra permanente chamada de Topografia do Terror, que exibe, através de documentos e fotografias, as ideias macabras de Hitler e de sua turma, com detalhes sobre o genocídio e perseguições aos judeus e a outras minorias e opositores ao nazismo.

Outro museu que nos proporciona uma volta ao passado é o DDR Museum (Museu da República Democrática da Alemanha), que retrata um pouco da vida dos que residiam em Berlim Oriental. Ao contrário da maioria dos museus que conhecemos, ele é completamente interativo – ou seja, você pode tocar nos objetos expostos, como roupas, utensílios de cozinha e carros, como o Traby, na foto abaixo. No DDR Museum, é possível conhecer uma típica casa do lado oriental, que pouco se diferenciava das demais, devido à oferta limitada de móveis e utensílios domésticos existente na época.


Enfim, além de parte conservar o passado doloroso da história da humanidade, Berlim é uma cidade fantástica, uma das principais capitais culturais da Europa, que reúne também incríveis museus com tesouros de diversas partes do mundo.
Mais informações em: https://www.visitberlin.de/en
Amei o seu blog Marcia! Parabens e continue sempre a dividir conosco as suas experiencias. Os textos sao muito claros, bem escritos e muito interessantes. Gostei e espero poder contribuir! Tenho muitas fotos tambem e relatos que posso te passar.
Margarete, que bom que gostou, volte sempre! Será excelente contar com a sua colaboração, você certamente tem experiências muito ricas para compartilhar! Um beijo!